24 de maio de 2007

Loirinha (do tempo em que o vilão era outro)

O lance é o seguinte: estou com um sentimento. Que está me consumindo aos poucos. No âmago, nas entranhas mais curvas, no perfume das mãos e no exagero das palavras.
Temo sentir tanto que a facilidade e a casualidade me inundem e eu esqueça que não sou assim, que não podemos deixar assim. Largado feito gato vira-latas. Sua vida maneira é reflexo da mulher pós-moderna, pós-trauma, pós-baby, pós-ciência e pílulas estimulantes. Você é tudo isso e vale a pena.
Te respeito.
Assim, loira de cabelo ralinho, de pele macia, de sentimento farto, nada ingênuo e imaculado. Um pedaço de gente que se importa com o meio, com o início e planeja o fim!
Eu aqui, no meu cantinho, penso nos domingos contigo, no sofá da madrugada que você me cedia; e eu lá com Dalila e seus pelos esvoaçantes.
Hoje sou amigo da secretária, batemos altos papos e ela sempre pedindo pra eu deixar um recado pra você. Saio de fininho calado e fico sentido. Me resta um sentimento de memória pulsante; quase diário. Bate junto com o relógio da parede e dá pra ver pelo espelho relíquia que você me deu.
Tá na cara. E passa pelo contato físico. Pois é! Estive com o Rocker no último findi e ele também já apresentou sintomas. Falou de você em parte do caminho azul.
Mas já não dá mais.
Temos que resolver essa parada.
Você me liga ou eu te seqüestro? Te levo pra uma noitada costumeira, daquelas na Lagoa com jazz e papo pela noite inteira.
Se não for assim, não será mais.
Sacou Giselle?
É saudade.

3 comentários:

Anônimo disse...

a saudade sempre come, pedacinho por pedacinho, o que tem de bom dentro da gente...

Anônimo disse...

E que SAUDADE de vc, Mariozito. TE AMO!!! Rê

Anônimo disse...

Ai... estou até com dor na conciência... mas eu precisava sumir um pouquinho, por mim... Mas já to pronta pra voltar... Devagar, mas volto já já...