Grande École
E nesse último findi larguei a conformidade de um domingo chuvoso e finalmente pude me jogar no Festival do Rio.
Passagem rápida: apenas dois filmes na minha lista de tantos. Motivo? Tempo e dinheiro.
Mas valeu a pena ter visto os dois escolhidos: De irmão para irmão e Escola de Sedução.
Ambos da mostra mundo gay.
Ok... Eu segreguei sim mas é puro instinto. Se pudesse eu teria assistidos todos os argentinos, os orientais, os espanhóis, os inglese e principalmente os franceses. Eu ratifiquei vendo "Grande École - Escola de Sedução" a minha imensa simpatia pelo cinema francês. O último que me marcou foi A professora de piano.
Um diálogo no fim do filme - Grande École - tensionou a minha já suspeita adimiração. Uma personagem diz em certo momento de disturbio entre amigos:
" - O problema de vocês e que gostam de dissecar os assuntos ao extremo".
E com esse diálogo eu sorri calado em meio ao silêncio da sala do Palácio e percebi o quanto eu gosto de dissecar os assuntos.
Juliana e Rian sabem disso exatamente. Em nossas tardes de domingo de um passado já distante, muitas vezes os assuntos íntimos eram dissecados, as discussões sobre as relações eram minha pauta preferida. Era pura carência.
O cinema francês desperta em mim uma necessidade de sentar num café, pedir uma torta de chocolate amargo e dissecar minhas mazelas com um alguém disponível e bom ouvinte.
Discutir a relação é comigo mesmo. Adoro. E vocês?
Um trio de amigos que como eu sairam do Espaço Unibanco e foram para o Palácio assistir Grande École sairam da sala e pararam no Café Odeon pra dissecar assuntos íntimos.
Me olharam e perguntaram se eu queria acompanhá-los. Mas eu disse que não.
Era tarde e eu precisava voltar à realidade. Ficou o desejo de debater com alguém as impressões do filme e uma possível discussão sobre as relações.
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