27 de julho de 2003

Tio Vânia

Sábado no Parque Lage, eu e Dridri vimos o aclamado 'Tio Vânia'.
Nossas impressões: as superficiais primeiramente:
- Uma velharada de dar inveja! Queremos chegar lá com essa pose mas com um pouco mais de bom gosto!
- As poltronas, ou melhor cadeiras,ou melhor banquinhos, ou melhor assentos, ou melhor ... não há nada pior que os objetos para sentar que foram alugadas para a realização do espetáculo. Duas horas de entretenimento em tão ruim acomodação põe qualquer crítico aos nervos! Salve Heliodora!
- O espaço designado para o palco ultrapassava a quarta parede e invadia o público. Adorei! Esse contato e o vazio era preenchido pela luz maravilhosa!
- Edney Silvestre e seu acompanhante estavam ao nosso lado com pigarros e remédios em spray! Uma chatice!
- Apareceu um carinha, o Dridri disse que ele é famoso e vai interpretar cazuza no cinema; eu não conheço! Deve ser da malhação. Sei lá! A peça já ia começar o terceiro sinal já tinha tocado e o moço com sua roupinha vermelha chamativa adentrou a sala com um carão... Uó! Truque velho da última aparição!!!
As impressões fundamentais:
- Diogo Vilella é realmente um astro e de talento único! Generoso. Alguns atores chegaram a roubar a cena. E isso foi espetacular!
- O cenário de Daniela Thomas era minimalista, ou quase. Remetia sim a austeridade russa! O figurino estava detalhista e impecável.
- A Débora Block tava meio apagadinha. Zanzando pelo palco como a mulher de branco. Fez bonito em suas ceninhas chorosas. Mas nada de mais!
- Bel Kutner é o teatro. Técnica. Detalhes. Gostei mas faltou alguma coisa!
- Os outros atores deram banho de interpretação!
O Parque Lage merece receber espetáculos como esse e outros! Só precisa pegar a verba e investir em reformas!
O sofrimento de Vânia é verdadeiro e contagia qualuqer um. Lágrimas e medo. Lágrimas e esperança!

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