Overunderground (ou ... "sofrendo" até as cinco? sei...)
Era uma vez um domingo que começou sob as graças de uma lacraia morta. Uma boate que geralmente, nas madrugadas de domingo, mostra a cara da ferveção operária da cidade, nessa madru estava caída. E de lá com o luxo no bolso fomos eu e Leandro para o tão falado e democrático - leia-se o cubo do quadrado trash - Elite. A galera na porta fazia pose de quem veio à guerra: olhares lascivos e oblíqüos miravam os transeuntes como quem tem um laser e uma pistola. Depois do corredor polonês, eu e o escudeiro adentramos o recinto com pagáveis 15 reais. E do frescor de uma rua com cheirinho de carnaval, subimos ao fantástico clima Amarelo Manga, com dezenas de refugiados que nos aguardavam nas escadas ferventes do lugar. Minha impressão do Elite foi de angústia e pavor. O lugar mais quente e fedido que eu já fui. Muita gente boa e muita gente, digamos assim, medo. E esse foi o primeiro andar, acima desse o mezzanino com o dark room mais tenebroso que conheço; um lugar onde as pessoas não só transam com tudo e todos, elas se exibem para quem está no andar de baixo através do balcão. Opressivo é o sobrenome do Elite, que obriga a gente a beber cerveja estupidamente gelada para apaziguar o incêndio de corpos e mentes e ouvir uma bandinha de praça num palquinho iluminado. Tudo muito ruim, tudo muito obscuro, tudo muito overunderground mas durou. E da bombação iniciada nas barbas da meia noite fui até às cinco.
Tia Alice, que faz a copidescagem fulera desse blog, achou essa crítica muito incongruente. E daí, Tia, "nós sofre mais nós goza!"
2 comentários:
Oi querido!!!
Cheguei bem em casa e agora vim conhecer "a tua"...
Beijão e em breve estarei no Rio de novo...
faco carnaval frances pra deixar passar o gosto do abandono
orgias multiplas e orgasmos falsos nao parecem nada demais
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