If it´s bitter at the start then it´s sweeter in the end
Está tudo tão confuso, tantas fatalidades torpes ao mesmo tempo. Tantas coisas boas que não saem do papel, ficam alí na ponta da língua, no sonho da manhã, no último gole de martini. Tá foda. Uma desorganização total na minha vida de fabula. Ester diz que tem medo de confrontar a minha realidade fantástica onde todo mundo é bonzinho e a vida é uma festa. - Eu tenho medo também, Ester. O fato é que minhas verdades não cabem no suspiro de uma noite de papo com amigos. Ela dura e dura. E eles não tem que ouvir tudo isso. E eles não precisam se sentir responsáveis por uma felicidade de beck. Eles já fazem demais. Sou eu que não estou dando conta. Esse outono tem que passar logo. E que o inverno não seja tão duro comigo. Comecei a escrever um ensaio sobre o vazio e mais que sentimentos embebidos em álcool e páginas repletas de dúvidas eu estou indo além do que conhecia. Um santomaggio inconsciente total, sem o domínio do cavalo. Um surto no meio da página e confundo euforia com alegria, eletrônica com jazz e tudo termina com Madonna em Get Together. Um parafuso a menos? Um amor que ainda dói? Uma conta no banco que insiste em não pagar Cristal? Pela noite, com minha jaqueta xadrez eu paro num bar e peço um martini, desce amargo, medroso, congelante. Maddie me prometeu que no fim tudo melhora, fica mais doce. Doce.
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