9 de setembro de 2005

Anywhere I lay my head

Uma sensação torpe vem me perseguindo desde a última Delírio. Brotou no domingo pós festa e até hoje tem me dilacerando. Onde quer que eu vá, com quem quer que eu fique ou esteja, ela está lá, a me cutucar no fundo. Puxando não sei de onde uma angústia, uma perda, um nó de estômago.

Eu cá com meus botões, em uma fração de distração, dessa coisa da qual sou refém, tento infimamente qualificá-la. Divago e capto muitas idéias.

Somatizo crises de saudade e solidão? Exteriorizo elementos químicos indesejáveis? Capitalizo dividendos? Não sei. Só sinto. Só, entre todos. Tô na berlinda entre Nietzsche e Valium.

No quarto, à noite, culpo; mas revogo. Na pista, a qualquer hora, disfarço o incoerente. E de repente, onde quer que eu pouse minha cabeça, a sensação desaparece e sou outro de novo: refeito. Até o próximo golpe, até o próximo suspiro.

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