Flertando com o ela (ou "So many times i'm watching you and now i fell in love with you")
O que dizer sobre a noite de sábado? Por onde começar? Por quem? O que pode impressionar logo de cara em se tratando de mais uma deliciosa X-Demente? A luz, o som, o décor? As barbies?
Não. Não preciso impressionar e por isso volto ao começo de tudo; uma semana antes para decifrar onde essa onda me levou, nos levou - se eu considerar os amigos presentes (Leandro e Bruno). Volto pra tentar elucidar esse babado forte.
Bem, o lance é o seguinte: mais uma vez eu vou me repetir e ratificar o quanto eu sou cria da noite e desse metiê. Essa introdução pode ajudar a quem está lendo, a acompanhar o meu raciocínio. Segue comigo!
O preparativo é fundamental. Uma função tal, capaz de mobilizar uma semana da minha vida, talvez mais - dieta pra ficar com a pele boa, limpa e com barriga tanquinho; malhação pro peitoral inchar, pros bíceps brotarem, pros tríceps ficarem salientes; corte de cabelo, grana pra noitada, telefonemas daqui, telefonemas dali, acordos, negócios e tudo que vem junto.
E isso é muito bom. Não só o resultado que geralmente e ultimamente - depois da minha nova fase de consciência (mais hedonista) - tenho obtido, mas pelo antes a tudo isso. Perder uma semana comigo mesmo, preocupando-se apenas das miúdas especificidades do que antecede a festa esperada é um grande exercício de auto-estima. E vocês não sabem como exercitar a auto-estima é fundamental pra pessoinhas quase bipolares como eu.
Quando recebi o flyer virtual da festa, minha cabeça começou a borbulhar em planos e estratégias. Porque sou uma pessoa que planeja, que faz listas, que pondera, que discute a relação. Tá parecendo na última frase que eu tive uma digressão? Não, queridos; está tudo conectado. Minha cabeça funciona assim. Sou ariano. E dentro desse planos estava o cuidado excessivo, que a partir do momento que pus os olhos naquele e-mail flyer, passei a conceber para o meu dia a dia. Tudo muito simples e que muitos marombeiros e vegetarianos me aplaudiriam se eu tomasse como regra definitiva.
Mas a verdade dura e crua é que o meu foco de emoção mais latente foi pensando nela. Cinco meses depois da primeira experiência eu achei que esse seria o momento propício para um novo flerte sob as asas do amor plástico. A vontqade de aflorar mais um vez aquela sensação fantástica, de intenso amor pra dividir com todos na pista e principalmente comigo, tomou por inteiro meus cinco sentidos. Sozinho, à noite, somente com a luz difusa do computador eu fechei os olhos e como numa parafantasia pude rever, em lucidez e distorção, momento a momento do último carnaval na pista da X da Marina da Glória. E desse singular instante veio o desejo aflitivo e consciente de mais uma vez o amor.
(Fim da parte 1)
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