Sonho
E sonhei que eu era amigo de Gisele, a Bündchen.
Num sonho tranqüilo onde eu tinha acabado de comprar uma mansão no Jardim Botânico, um palácio de dimensões cinematográficas. Lá na mansão, ainda vazia e totalmente branca, eu circulava pelas salas e quartos, de peito nu, sentindo a brisa que invadia a casa. O jardim circundava a construção centenária, com brancas flores e gigantescas mangueiras e eucalípitos - são as árvores que mais gosto - . Trazendo um perfume inigualável. Da janela, uma estrutura em arco de metal trabalhado em estilo neo clássico - típica arquitetura do começo do sécilo passado no Rio, sob influência européia -, podia-se ver a piscina, azul turqueza intenso. Reflexo de um céu de verão. Um clima de sublimação, de leveza, de desejos latentes onde a trama do sonho com Gisele se desvenda.
Éramos amigos, íntimos, daqueles que se beijam na boca com selinho, na minha casa nova, esperando outros amigos, igualmente íntimos, chegarem para uma grande tarde à beira da piscina. Ela estava deslumbrante, com um biquini preto, havaianas verdes e um cristal pendurado no pescoço. Linda. Conversávamos muito, sobre o meu amor, sobre as férias e o quanto eu estou cansado e precisando descançar, que a compra da casa foi uma ótima idéia, que os desfiles desse ano não foram tão interessantes quanto os do ano passado, que o clima está ótimo e futilidades mil! Uma delícia de papo, sem compromisso, sem exatidão nenhuma, apenas papo furado. Ela sempre muito sorridente, bebendo água de coco e eu com um martine seco.
As pessoas foram chegando, retirando as roupas e se jogando na água. Homens lindos, meninos do Rio com suas sungas coloridas. As meninas, aos montes, se estiramvam na borda da piscina à dourar a pele.
Momentos de ócio com brisa fresca e muita bossa tocando. O paraíso.
Um clima perfeito. E nos quartos, ainda vazios, deitados no piso, se bem me lembro, casais ou mais se entrelaçavam em gozo. Um luxo.
Eu caminhava pela casa e era invadido por uma sensação de calmaria: férias, festa. bossa, drinks, Gisele, brisa, sexo.
O sonho é um pedido de socorro, um alerta à minha já tão estressada mente robotizada, programada pra associar títulos e fitas. Estou entrando em colapso e preciso catapultar esse corpo, essa mente anestesiada para momentos de prazer em demasia: pré gozo, orgásmos múltiplos e calmaria agri-doce. Quero o sonho, esse ou outro similar. Pode-se mudar o cenário, quem sabe um lual na praia. Ou até mesmo uma ferveção num clubinho na madruga de Paris. Podem ser também compras ilimitadas na Daslu ao som do Marky - e sempre, sem excessão, com todos os meninos e meninas semi nus circulando os ambientes. Para eu sentir que estou vivo.
As férias merecidas, esses dias que começam em meados de fevereiro prometem abalar minhas estruturas. Estou de braços abertos, olhos fechados e peito nu, aguardando em sonho.
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