Alternativismo Fashion
Em princípio, você que está familiarizado com o mercado de moda atual, facilmente em resposta tende a apontar os excêntricos estilistas e suas grifes avassaladoras. É o básico!
No entanto a realidade é múltipla e confunde o não avisado em busca de singularidade no mundo fashion.
A moda alternativa, em sua mais fiel expressão, define-se como fruto de insatisfação e saturação da mesmice, do culto ao dândi, da escravidão ao chic e imposição de grifes. Isso mesmo, imposição de grifes!
As mesmas que a fim de melhor expressarem a vontade de uma minoria avaliadora e inconformada, acabam adulterando o núcleo do ato alternativo. Fogo original que se acende em mentes jovens e se mostra tímido, solitário, muitas vezes egoísta. Eis uma das facetas do alternativo: manter-se singular.
Pode-se definir erroneamente como Alternativismo Fashion, as várias vertentes pensadas para uma moda singular, sutilmente tendenciosa, in. As idéias mais freqüentes são: a captação de inspiração através de etnias e a vasta pesquisa ao folclore humano; o olhar focado no passado e a tentativa de restaurar imagens de sucesso; inspirações que nascem como homenagens às personalidades e ícones artísticos e mais, muito mais.
Este é basicamente o olhar da moda atual. Reveladora e desbravadora, a cena fashion é sobretudo um reflexo do homem moderno, do arquétipo metropolitano que tanto nos assusta e comove hoje em dia. Um ser humano afoito pelo mais, pelas transformações efêmeras, e ligeira identificação com o célebre.
Porém o alternativo é sublime, diáfano, obscuro ou punk. Eu adoro.
Reconhecer um ser alternativo é dar valor a uma realidade maior e não escrava do mercado. Porém se há em você o desejo de estar em sintonia com a moda genuinamente alternativa é preciso antes de tudo soltar as amarras já citadas e ter a essência. Não se constrói uma imagem da noite pro dia.
É preciso dar a cara a tapa nas ruas e tentar não seguir as tendências maçantes.
O seu 'eu alternativo' é o que você observador malandro cria com peças distintas e originais, sem medo de ser feliz e sem ferir o bom gosto!
Sei que gosto não se discute. Mas bom gosto sim. Já dizia a indefectível voz, Cristina Franco.
Então meu povo, se joga nessa onda, seja único, tropece mas arrisque-se em cena. Viva o alternativo.
Dedicado à vocês:Tadeu, a vontade alternativa eSílvia, a verdade alternativa.
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